segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Carta Mensal - Setembro de 2011


Tournay, 28 de agosto de 2011.
                Queridos amigos e amigas EM BUSCA DA PAZ,
                                Paz!
Neste mês de setembro, mais uma vez, a ONU convida as nações do mundo inteiro a celebrar o dia 21 de setembro, como dia mundial da paz. Esta data é uma bela ocasião para que pessoas, grupos, organizações e países manifestem gestos e compromissos pela paz mundial. O primeira Dia Mundial da Paz foi celebrado em setembro de 1982, coincidindo com a abertura da Assembleia Geral da ONU. Em 2002, esta mesma Assembleia Geral declarou o dia 21 de setembro como “Dia Internacional da Paz”, entendido também como um dia de “cessar-fogo”.
Assim, convido vocês a rezarem por todas as organizações que, no mundo inteiro, contribuem para a causa da paz entre os povos, especialmente pelas Organização das Nações Unidas.  Mesmo com serve  todas suas limitações, ela constitui um vivo instrumento no serviço da paz.
A Organização das Nações Unidas, com seus diversos braços, atua especialmente na busca de pontos de consenso para a concretização de medidas duradouras de paz. Podemos resumir o trabalho da ONU em três palavras: “peacemaking”; “peacekeeping”;  “peacebuilding”. “Peacemaking” é a sua atuação para resolução não-violenta dos conflitos, feita através especialmente de suas assembléias e do conselho de segurança. “Peacekeeping” é o trabalho para reduzir a violência e manter a paz situações de extremo conflito, sobretudo através das forças de paz, os assim chamados “capacetes azuis”.   “Peacebuilding” diz respeito a construção da paz especialmente pelo desenvolvimento dos potenciais humanos: aí poderemos lembrar os diversos braços da ONU que atuam em áreas específicas, como a FAO (alimentação), UNESCO (educação e cultura), UNICEF (infância), OMS (saúde), etc.
Em 2000, os estados-membros da ONU engajaram-se num compromisso compartilhado com a sustentabilidade do Planeta. Eles estabeleceram um conjunto de 8 macro-objetivos, a serem atingidos pelos países até o ano de 2015, por meio de ações concretas dos governos e da sociedade, conhecidos como “Os oito jeitos de mudar o mundo”: 1) Acabar coma fome e a miséria; 2) Educação básica de qualidade para todos; 3) Igualdade entre sexos e valorização da mulher; 4) Reduzir a imortalidade infantil; 5) Melhorar a saúde das gestantes; 6) Combater a AIDS, a malária e outras doenças; 7) Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; 8) Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.
Há alguns anos, discute-se uma reforma das Nações Unidas. Entre os pontos que são levantados, inclui-se a transformação dos representantes dos países em representantes das nações, como deputados dos povos membros. Também sugere-se que as resoluções dos dois Tribunais, o de Haia que julga questões entre países) e o de Roma (que julga questões entre pessoas e países) tenham força coercitiva. Um outro ponto é a constituição do Conselho de Segurança: alguns países como o Brasil, reivindicam um lugar no conselho permanente, mas outros propõem o fim de membros permanentes no Conselho de Segurança, dando um estatuto de real igualdade entre nações.
Proponho que, além de assumir esta intenção de oração, possamos falar deste tema às pessoas que nos rodeiam. No dia 21 de setembro, podemos acender uma vela e consagrarmos um momento de oração pela paz no mundo. Rezemos com as palavras deste hino dos negros americanos:
« A começar em mim, prometo a meu Senhor que a cada passo que eu der, e seja onde for, a cada momento estarei vivendo em plena paz e amor.
Haja paz na Terra, a começar em mim.
Irmãos nós todos somos, filhos do mesmo Deus. Juntos pois caminhemos, na paz que vem dos céus.
Haja paz na Terra, a começar em mim”.
Com toda minha amizade e estima,
D. Irineu Rezende Guimarães, O. S. B.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Carta Mensal - Agosto de 2011

Tournay, 31 de julho de 2011.
            Queridos amigos e amigas EM BUSCA DA PAZ,
                        Paz!
De 16 à 21 de agosto próximo, em Madri, será realizada a 26a Jornada Mundial da Juventude. Espera-se cerca de um milhão e meio de jovens de todo mundo que, entre outras atividades, irão se encontrar com o Papa Bento XVI. O tema escolhido para este evento foi extraído da Carta aos Colossenses: “Enraizados e fundados em Cristo, firmes na fé” (Col 2,7).
Assim, quero convidar a você para rezarmos este mês pela juventude do mundo inteiro: para que possa renovar seu compromisso e engajamento para a paz. Nós sabemos como a juventude é sensível, desejosa e generosa aos apelos da Paz. Mas temos consciência, também, de como a violência, através de suas múltiplas manifestações, pode seduzi-la e conduzi-la a uma viagem sem volta.
Para que a juventude possa se engajar pela paz é necessário que as instâncias educativas, como a família, a escola e a Igreja, e também todo o conjunto da sociedade, possam estimular os jovens a este compromisso. Na sua mensagem para o dia mundial da paz de 1979, o Bem-aventurado Papa João Paulo II, que começava seu ministério pontifício, escolheu como tema “Para alcançar a paz, educar para a paz”. Neste importante pronunciamento, este papa definia em três pontos esta tarefa de educar a juventude para a paz: encher os olhos com “visões de paz”, irradiando os múltiplos exemplos de paz e não-violência; falar uma linguagem de paz, que acolhe e una as pessoas, sem marginalizá-las; realizar gestos pela paz no cotidiano e de forma durável. Assim, os jovens poderão responder a este apelo do Papa, ainda neste mesmo documento: “Jovens: sede construtores de paz. (…) Resisti às facilidades que adormentam na mediocridade triste, bem como às violências estéreis em que vos querem utilizar por vezes os adultos que não estão em paz consigo próprios. Segui as vias para as quais vos impele o vosso sentido da gratuidade, da alegria de viver e da compartilha. Vós gostais de investir as vossas energias moças - que se esquivam aos apriorismos discriminadores - em encontros fraternais para além de fronteiras, na aprendizagem das línguas estrangeiras que facilitam a comunicação, e no serviço desinteressado dos países mais desprovidos de bens. (…) Vós sois a promessa da paz”.
Nesta intenção, rezemos, então, a oração oficial deste encontro:

            Amigo e nosso Senhor Jesus Cristo, como és grande! Com as Tuas palavras e obras revelaste-nos quem é Deus, Teu Pai e Pai de todos nós, e quem Tu és: nosso Salvador.   Tu nos chamas a estar contigo: queremos seguir-Te onde quer que vás.
            Damos-Te graças pela Tua Encarnação. És o Filho Eterno de Deus, mas não Te incomodou humilhares-Te e fazeres-Te homem. Damos-te graças pela Tua Morte e Ressurreição: obedeceste à vontade do Pai até ao fim. E por isso és Senhor de todos e de todas as coisas.
            Damos-Te graças porque na Eucaristia ficaste entre nós. A Tua Presença, o Teu Sacrifício, o Teu Banquete, convidam-nos a sempre nos unirmos a Ti. Chamas-nos a trabalhar contigo. Queremos ir onde Tu nos enviares, a anunciar o Teu Nome, a curar em Teu Nome, a acompanhar os nossos irmãos até Ti.Dá-nos o Teu Espírito Santo, que nos ilumine e fortaleça.
            A Virgem Maria, a Mãe de Deus que nos deste na Cruz anima-nos a fazer o que Tu nos dizes. Tu és a Vida! Que o nosso pensamento, o nosso amor e o nosso trabalhar tenham as suas raízes em Ti! Tu és a nossa Rocha! Que a fé em Ti seja o fundamento sólido de toda a nossa vida!
            Pedimos-te pelo Papa Bento XVI, pelos Bispos, e por todos os que preparam a próxima Jornada Mundial da Juventude em Madrid. Pedimos-te pelas nossas famílias, pelos nossos amigos, e em especial pelos jovens que te vão conhecer neste encontro. Pelo testemunho firme e gozoso da fé. Amém.

Com toda minha amizade e estima,
D. Irineu Rezende Guimarães, O. S. B.