segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Carta Mensal - Dezembro de 2013


Tournay, 25 de novembre de 2013.

A vocês todos que procuram a paz,
PAZ !
O Conselho Mundial das Igrejas, organismo que reúne mais de 300 igrejas cristãs, acaba de celebrar em Busan, na Republica da Coréia, do 30 de outubro ao 08 de novembro, sua décima assembleia geral, com o tema “Deus da Vida, conduza-nos em direção à justiça e a paz!”. Eles aprovaram várias declarações em relação a isso.
A declaração mais importante, intitulada « Sobre o caminho da paz justa », recupera a noção bíblica de paz, sempre associada à justiça.  O primeiro ponto – “juntos, nós cremos” – nos diz que “a paz constitui um modo de vida que reflete a participação humana no amor de Deus por toda criação”. O segundo ponto – “juntos, nós pedimos” – mostra quatro objetivos a serem alcançados: uma paz justa nas comunidades, afim de que sejamos libertados de todo medo; uma paz justa no planeta, a fim de que toda vida seja sustentável: uma paz justa no mercado econômico, afim de que todos possam viver com dignidade: uma paz justa entre as nações, afim de que toda vida humana seja protegida. O terceiro ponto – « juntos, nós nos engajamos » - exprime o desejo de construir uma cultura da paz nas famílias, nas comunidades e na sociedade. O quarto ponto – “juntos, nós recomendamos ao Conselho Mundial das Igrejas” – propõe uma série de ações para encorajar as Igrejas a desenvolver um verdadeiro ministério pela paz e pela justiça. O quinto e último ponto – “juntos, nós recomendamos aos governos” – sugere ações para construção de uma paz justa, tais como: a redução da emissão de gazes com efeito estufa; a eliminação dos armamentos nucleares; a destruição de todos os estoques de armas químicas; medidas para evitar os armamentos robóticos como os “drones”; a utilização dos orçamentos militares para ajuda humanitária; a ratificação e a implementação de um tratado para regulamentar o comércio de amas.
A declaração « Politização da religião e direitos das minorias religiosas » chama os cristãos à intervir juntos aos seus governos, a fim de que eles assegurem uma proteção eficaz das pessoas e das comunidades que pertencem à religiões minoritárias.
A declaração « A paz e a reunificação da península coreana » propoe o fim de todos os exercicios militares e o fim da intervenção estrangeira a fim de garantir um processo dinamico de paz na região.
A declaração « Os direitos humanos dos apatridas » chama as Igrejas a dialogar com os Estados a fim de que eles adotem políticas que concedam a nacionalidade e os papéis de identidade oficiais aos apátridas.
A Assembléia exprimiu igualmente a sua preocupação em relação aos cristãos do Oriente Médio, da situação na Republica democrática do Congo e da comemoração do centenário do genocidio armenio de 1915.
Para que estas proposições e estes engajamentos sejam assumidos pelos cristãos do mundo inteiro, rezemos assim :
Deus, nosso Pai, quando teu filho Jesus nasceu, os anjos anunciaram a paz para toda humanidade. Envia teu Espirito Santo sobre os discipulos de Cristo : que Ele retire toda violencia de seu coração ; que Ele os inspire a vencer o mal pelo bem ; que Ele faça de cada batizado um autentico artesão da paz ! E que todas as Igrejas e confissões cristãs se reunam em torno da paz, que Ele, O Principe da Paz, nos dá, Amem !
Feliz natal !
Irmão Irineu Rezende Guimarães
Monge benditino da Abadia de Notre-Dame, Tournay, França

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Carta Mensal - Novembro de 2013

Tournay, 15 de octubro de 2013.

A todos vocês que buscam a paz,
PAZ!
A situação do povo da Síria convida a todos nós a intensificar nossa prece pela paz e pelo fim desta guerra que já dura dois anos, causando a morte de mais de cem mil pessoas e dois milhões de refugiados.
O dia 7 de setembro, dia da prece pela paz na Síria e no Oriente Médio, que foi convocado pelo papa Francisco, ressalta a contribuição dos cristãos na busca de uma solução negociada para o conflito. Na sua mensagem do Angelus, no dia primeiro de setembro, ele nos lembrava: “Não é nunca o uso da violência que nos leva à paz. A guerra chama a guerra, a violência chama a violência!”. Nesta ocasião, o papa fez dois chamados. O primeiro, dirigido a todas as partes envolvidas no conflito, é “de escutar a voz de sua consciência, de não se fechar em seus próprios interesses, mas de olhar o outro como um irmão e de procurar corajosamente e decididamente o caminho do reencontro e da negociação, ultrapassando as oposições cegas”.  O segundo chamado foi dirigido à comunidade internacional, pedindo que “façam todo esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras fundadas sobre o diálogo e a negociação pela paz nesta Nação, para o bem de todo povo sírio. Que nenhum esforço seja poupado para garantir uma assistência humanitária a todos os que são atingidos por este terrível conflito, particularmente os refugiados neste País e os numerosos refugiados nos países vizinhos. Que seja garantida aos agentes humanitários engajados em aliviar o sofrimento da população, a possibilidade de prestar a ajuda necessária”.
Mesmo se conseguimos evitar até agora uma solução militar, a perspectiva de uma solução negociada continua muito pequena. Internamente, diversos grupos de oposição se disputam entre eles e não conseguem chegar a um consenso. Ao nível internacional o Conselho de Segurança da ONU aprovou, no dia 11 de outubro, uma missão juntamente com a Organização para a Interdição das Armas Químicas, a OIAC, que foi laureada com o Premio Nobel da Paz de 2013, para supervisionar na Síria a destruição do estoque de armas químicas e das instalações de produção das mesmas. No entanto, ainda temos muitos desafios para assegurar a paz nesta paz. Para começar, precisamos garantir aos agentes humanitários o acesso às populações atingidas. Em seguida, a convocação de uma conferencia internacional encarregada de encontrar uma solução para este conflito, pedindo um cessar fogo imediato, o respeito dos direitos humanos e do direito internacional, um embargo total sobre as armas e o controle das vendas de armas efetuadas, e o comprometimento com um processo de negociação que permita instaurar uma transição democrática.
Para que a paz possa reinar novamente neste país, que tanto contribuiu para a civilização, rezemos assim:
Ó Pai Eterno, as terras da Síria foram testemunhas da tua salvação: foi lá, no caminho de Damasco, que tu revelaste à Paulo o Cristo Ressuscitado; foi lá também que os discípulos de teu Filho foram chamados, pela primeira vez, de cristãos; neste país as primeiras gerações de cristãos pregaram, em nome do Evangelho! Nós te pedimos: Volta teu olhar amoroso para este povo! Que as partes que hoje estão em guerra possam dialogar verdadeiramente! Que a comunidade internacional seja a garantia de uma solução negociada! Que os refugiados possam voltar às suas casas. Que se faça a justiça e se promova a reconciliação para que este país possa se reconstruir e caminhar pelas vias da paz! Nos te pedimos por Este que é nossa Paz, Jesus Cristo, teu Filho e nosso Senhor. Amém!
Com amizade,
Dom Irineu Rezende Guimarães
Monge beneditino da Abadia Notre-Dame, Tournay, França

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Carta Mensal - Outubro de 2013


Tournay, 15 de setembro de 2013.
A vocês todos que procuram a paz,
PAZ!
A polêmica sobre o uso ou não de armas químicas, na Síria, levanta novamente a discussão sobre tais armas que são consideradas, junto com as armas atômicas e biológicas, como armas de destruição de massa, capazes de atingir um grande numero de pessoas, e com um forte impacto no meio ambiente.
O uso de gazes tóxicos em larga escala durante a Primeira Guerra mundial gerou a reação da comunidade internacional, e levou ao Protocolo de Genebra de 1925: a interdição, durante as guerras, do uso de gazes asfixiantes, tóxicos ou similares, ou de meios bacteriológicos. O Protocolo de 1925 é um novo passo no direito humanitário internacional: não sendo por algumas poucas exceções, ele foi respeitado nos conflitos armados desde 1925. Durante a Segunda Guerra mundial, os principais países beligerantes não utilizaram aramas químicas ou biológicas contra seus inimigos. No entanto, este protocolo é insuficiente: ele não proíbe nem a pesquisa, nem a produção e nem a transferência destas armas. Países como a Franca, os Estados Unidos, a União Soviética e a Inglaterra assinaram o Protocolo, mantendo o direito a represálias, caso fossem atacados por armas químicas.
Um novo passo foi dado com a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas, que está aberta à assinatura desde 13 de janeiro de 1993. Ela proíbe a pesquisa, a fabricação, a estocagem, a conservação e a transferência das armas químicas, incluindo seus vetores (?), ela prevê também a destruição destas armas e estabelece medidas de verificação, sob a responsabilidade da Organização para a Proibição de Armas Químicas. Tendo entrado em vigor no dia 29 de abril de 1997, a Convenção conta com 188 Estados membros. Israel e Mianmar (?) ainda não ratificaram a Convenção, enquanto que cinco Estados ainda estão fora da Convenção (Angola, Coreia do Norte, Egito, Sudão do Sul e a Siria). É muito importante que estes últimos países assinem urgentemente a Convenção para assegurar a proibição completa das armas químicas. É importante também que os Estados que declararam suas armas químicas destruam completamente seus estoques, para que o mundo possa dar um passo definitivo na eliminação destas armas. Uma gota somente de um agente neurotoxico, do tamanho de uma ponta de alfinete, é suficiente para matar uma pessoa em alguns minutos!
O estado atual de progresso da química e biologia exige o estabelecimento de regras bem claras para evitar eventuais catástrofes. Precisamos admitir que as armas químicas e biológicas podem servir melhor aos atos terroristas. Estas armas, visto sua relativa facilidade de produção e seu preço reduzido, podem interessar a estados e grupos que procuram se munir de uma capacidade de destruição em massa. Tudo isto exige da comunidade internacional uma vigilância continua em relação a este tipo de armamento.
Para que o mundo seja liberado da ameaça das armas químicas, rezemos assim:
Pai, tu que criaste o homem à tua imagem e semelhança, tu lhe destes uma grande capacidade criadora. Envia teu Espírito criador sobre os homens de ciência e sobre os homens que governam as nações: que eles consagrem suas energias a serviço da vida e da paz, e não a serviço da morte e da guerra. Elimina da face da terra a ameaça de armas químicas. E todos os povos, libertos do ódio e de todo impulso beligerante, caminharão pelas trilhas dos ensinamentos de Jesus Cristo, Príncipe da Paz, teu Filho e nosso Senhor. Amém! 
Com amizade,
Dom Irineu Rezende Guimarães
Monge beneditino da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França

 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Carta Mensal - Setembro de 2013


Tournay,  30 de agosto de 2013.

  A vocês todos EM BUSCA DA PAZ,
  Paz!
  A Assembleia das Nações Unidas instituiu, em 1982, o « Dia Mundial da Paz », fixando, em 2002, a data de 21 de setembro. Com esta iniciativa, a ONU oferece ao mundo uma oportunidade de parar e refletir, procurando caminhos para quebrar o ciclo infernal da violência e da guerra. Os combatentes do mundo inteiro são convidados a fazerem uma trégua e depor suas armas, ao menos por um dia!
O tema escolhido para 2013 é « Educação para a paz », com o objetivo de refletir sobre o papel educação na formação dos cidadãos do mundo. Segundo Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU,  « não basta ensinar as crianças a ler, escrever e contar ; é preciso também lhes ensinar o respeito aos outros e ao mundo no qual vivemos, favorecendo assim o surgimento de sociedades mais justas, mais abertas e mais harmoniosas ». Na sua carta de 13 de junho p. p., apresentando a proposta do Dia Mundial da Paz 2013, Ban Ki-moon esclarece que este tipo de educação está no coração de sua iniciativa « Educação antes de tudo », na qual recomendava aos Estados para colocar a educaação no alto de suas prioridades. Ele convoca a todos – governos, partidos de um conflito, instituições religiosas, dirigentes locais, meios de comunicação, universidades ou grupos da sociedade civil – a aderir e a sustentar sua proposta. E acrescentou : « nós devemos colocar em ação programas de educação, proteger estudantes e professores em situações de conflito, reconstruir escolas destruidas pela guerra e dar às moças e rapazes uma educação de qualidade que lhes ensinará a resolver e prevenir conflitos ». Ki-moon conclui sua mensagem, convidando governos e cidadãos a não poupar esforços « para aprendermos juntos como promover uma cultura de paz universal ».
A educação para a paz constitui um grande desafio para todos. Em primeiro lugar para a sociedade, que nos ensina a violência da forma mais refinada possível: pelas canções que cantamos, pelas piadas que repetimos, pela forma pela qual punimos as crianças, pelo jogo que participamos ou assistimos, pelos meios de comunicação, pelos nomes da ruas, pelas somas investidas em armamentos enfim, de todas maneiras utilizadas para glorificar a violência. Em segundo lugar, a educação para a paz constitui um desafio para a escola em si, que, se não é mais palco de violência ou da sua racionalização, não é ainda agente de paz! É preciso pensar uma escola que nos ensine, além da fórmula de Bhaskara e da tabela periódica, a lidar com os conflitos sem violência, a canalizar nossa agressividade para ações construtivas, a desconstruir preconceitos e estereótipos; enfim uma  escola que propicie vivências de paz a toda comunidade educativa e que coloque a não-violência como eixo de suas ações pedagógicas. Finalmente, a educação para a paz constitui um desafio para cada habitante do planeta: as grandes violências são legitimadas pelas pequenas violências nossas do cotidiano! Da mesma forma, os grandes gestos de paz são ancorados nas ações domésticas que fazemos pela paz!
Para que a celebração do Dia Mundial da Paz de 2013 seja um acontecimento transformador, para países e cidadãos, rezemos assim:
Ó Deus, educador da paz, que guias teus filhos e filhas, conduzindo-os das veredas da violência às sendas da paz, dá-nos a graça de bem celebrarmos o Dia Mundial da Paz deste ano: que aqueles que combatem, deponham as armas, ao menos por um dia; e que aqueles que não pegam em armas, deponham a violência de seus corações e unam esforços para que a educação para a paz seja oferecidas às crianças e aos jovens. E que todos os dias sejam dias de paz, para todos os habitantes da terra! Isto te pedimos por Aquele que é nossa paz (Ef 2,14), o Cristo, teu Filho e nosso Senhor!        
Com amizade,
Dom Irineu Rezende Guimarães
Monge beneditino da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França

Carta Mensal - Agosto de 2013


Tournay, 31 de julho de 2013.

A vocês todos em busca da paz,
PAZ!
Um dos graves problemas de nosso tempo é este dos refugiados, que não encontrando mais segurança no lugar em que vivem, são obrigados a deixarem casa, trabalho e pátria para procurarem um lugar onde seja possível viver.
Segundo relatório divulgado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, em 20 de junho de 2013, Dia Mundial do Refugiado, o número de refugiados cresceu, atingindo a cifra de 45 milhões de vítimas, sendo 15,4 milhões de refugiados, 937 mil solicitando asilo e 28,8 milhões de pessoa obrigadas a mudar de domicilio em seu próprio pais, o que corresponde a um novo refugiado a cada quatro segundos. Este número, restrito ao ano de 2012 (não incluindo, portanto, os refugiados sírios de 2013!), é o maior registrado desde 1994, ano do genocídio em Ruanda e de grave crise nos Balcans, provocada pela dissolução da Iugoslávia.
Este aumento está relacionado, sobretudo, com a guerra civil na Síria, que, desde março de 2011, causou a morte de 93 mil pessoas e produziu 3,5 milhões de sírios refugiados no exterior e mais de 6 milhões deslocados internamente. As crises no Mali e na República Democrática do Congo também influenciaram, assim como a instabilidade politica em países como Afeganistão, Iraque, Somália e Sudão. Mais da metade dos refugiados recenseados provem de países em guerra. Cerca de 46% dos refugiados são menores de 18 anos, sendo que 21.300, não-acompanhados ou separados de seus pais, solicitaram asilo.
O Afeganistão, como nos últimos 32 anos, continua no topo da lista dos países que geram refugiados (2.865.600 !): em cada quatro refugiados, um é afegão ; sendo que 95% destes moram no Paquistão ou no Irã. Seguem Somália (1.136.100), Iraque (746.700) e Síria (471.400). Entre os países que abrigam refugiados, destacaram-se, em 2012, Paquistão (1,6 milhões), Irã (868.200), Alemanha (589.700) e Quênia (564.900).
O drama dos refugiados constitui uma grave ameaça à paz mundial. Já em 1963, através da encíclica « Pacem in Terris », o Papa João XXIII denunciava os sistemas políticos que « restringem em demasiado os limites de uma justa liberdade que permita aos cidadãos respirar um clima humano » (n° 104). Ele proclamava também que « os refugiados políticos são pessoas e que se lhes devem reconhecer os direitos de pessoa; tais direitos não desaparecem com o fato de terem eles perdido a cidadania do seu país » (n° 105). Ele reconhece como « um direito inerente à pessoa » a faculdade de se inserir « na comunidade política, onde espera ser-lhe mais fácil reconstruir um futuro para si e para a própria família », ao mesmo tempo em que aconselha os governos a acolher os refugiados e de lhes favorecer a integração na nova sociedade em que manifestem o propósito de inserir-se (n° 106).
Nesta intenção, rezemos assim:
Ó Pai, teu filho Jesus foi refugiado no Egito, para fugir da espada de Herodes. Da mesma forma que O protegeste, envia teus anjos para proteger os refugiados do nosso tempo. Sustenta todas as pessoas e instituições que trabalham em prol desta causa. Ilumina os governos do mundo para que sejam sensíveis ao drama destes nossos irmãos.Por Cristo, nosso Senhor! Amém!
Com amizade,
Dom Irineu Rezende Guimarães
Monge beneditino da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França

sábado, 6 de julho de 2013

Carta Mensal - Julho de 2013


Tournay, 20 de junho de 2013.

A vocês todos em busca da paz,
PAZ!
De 23 a 28 deste mês de julho, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, será realizada a XXVIII Jornada Mundial da Juventude. Jovens de todos os cantos do planeta encontrarão o Papa Francisco e refletirão o lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). Na ocasião deste importante acontecimento, venho convidar vocês a rezar para que os jovens que participarão deste encontro e os jovens de todo o mundo sejam agentes de uma cultura de paz !
O bem-aventurado Papa João Paulo II afirmou, por ocasião do XVIII Dia Mundial da Paz, em 1° de janeiro de 1985, que “a paz e os jovens caminham juntos”. Dirigindo-se à juventude, ele dizia: “O desafio da paz é grande, mas a recompensa é ainda maior; porque o vosso empenho em favor da paz levar-vos-á a descobrir o que é melhor para vós próprios, ao procurardes aquilo que é melhor para os demais. Estareis a crescer e a paz estará a crescer convosco » (n° 12).
No entanto, para que isto se concretize plenamente, é preciso que as novas gerações sejam formadas para a paz ! O engajamento da juventude com a causa da paz não se dará espontaneamente, mas pelo empenho das gerações que lhes antecedem em educá-las para a paz. O mesmo João Paulo II, na sua primeira mensagem para o Dia Mundial da Paz, em 1° de janeiro de 1979, escolhera como tema “Para alcançar a paz, educar para a paz!”. Nela, ele insistia em três tarefas fundamentais. Primeiro: encher os olhares da juventude com visões de paz, irradiando múltiplos exemplos de paz e demonstrando estima pelas grandes tarefas pacíficas dos dias de hoje. Segundo:  falar uma linguagem de paz, agindo sobre a linguagem para agir sobre o coração e desarmar as ciladas da mesma linguagem. Terceiro: realizar gestos de paz, pois é o pôr em prática a paz que leva à paz. Estes três pontos devem constituir-se em princípios norteadores de todas instituições envolvidas com a formação da juventude, tais como escolas, universidades, famílias, igrejas, meios de comunicação, associações, sindicatos, etc. Se estas instituições não assumirem conscientemente suas responsabilidades como educadoras de paz da juventude, quem o fará? E se a juventude não portar a chama da paz, quem a portará?
Nesta intenção, rezemos a oração oficial desta Jornada Mundial da Juventude:
Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e n’Ele, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.
Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo. Amém!
Com amizade,
Dom Irineu Rezende Guimarães
Monge beneditino da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França

Carta Mensal - Junho de 2013

                                                                                       Tournay, 30 de maio de 2013.

   A vocês todos em busca da paz,

   PAZ!

   Neste 3 de junho de 2013, abre-se para assinatura e ratificação o Tratado sobre o Comércio de Armas, com o objetivo de adotar normas para regular e instaurar uma maior transparência nas transferências internacionais de armamentos. Desta maneira, ele visa também prevenir e eliminar o comércio ilícito de armas clássicas e impedir o desvio destas mesmas armas.

   Fruto da mobilização de organizações não-governamentais e de vários países, especialmente o Reino-Unido e a França, seu debate durou sete anos. Após uma intensa negociação, o tratado foi aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2 de abril de 2013. A resolução abrindo o tratado à assinatura recebeu 154 votos favoráveis, três contra (Coreia do Norte, Irã e Síria) e 23 abstenções, entre elas a China, o Egito, a Índia, a Indonésia e a Rússia. O tratado entrará em vigor 90 dias apos a quinquagésima ratificação.

   O comércio de armas representa cerca de 80 bilhões de dólares por ano, com um aumento global de 17 % sobre a última década. Seis países (China, Estados Unidos, França, Israel, Reino-Unido e Rússia) representam 90 % das exportações mundiais de armas novas. A ausência de regras e de controle sobre este comércio constitui uma das causas de várias situações de violência armada, tanto de crimes como de conflitos, freqüentemente em condições de pobreza e desigualdade extremas.

   O tratado abrange todo tipo de transferência internacional (importação, exportação e transporte) e toda transação de armas clássicas. Sob este título incluem-se desde armas leves e de pequeno porte, como um revólver ou um rifle, até aviões e navios de guerra, passando por tanques e veículos blindados de combate, mísseis e lançadores de mísseis, helicópteros de combate e sistemas de artilharia de grande calibre. O tratado institui também um regime de controle nacional para regulamentar a exportação de munições utilizadas pelas armas clássicas, bem como de suas peças e componentes.

   O princípio do tratado é que cada país deve avaliar, antes de toda transação, o risco que essas armas, munições ou componentes sejam usados para cometer ou facilitar violações dos direitos humanos e do direito internacional humanitário – como um genocídio, por exemplo –, ou caiam nas mãos de terroristas ou de criminosos. Em todos esses casos, o país exportador deverá não autorizar a transação.

   Neste mês de junho, sustentemos por nossa prece este novo tratado: que ele seja bem acolhido por toda a comunidade internacional, que seja respeitado e se torne um sinal de um tempo de paz para o mundo. Rezemos assim:

   Ó Deus de Paz, fonte de toda boa obra, Tu que diriges o destino das nações e governas o mundo com teu amor, nós colocamos sob teu olhar este novo tratado internacional, que regula o comércio de armas. Que ele ajude a humanidade a frear a violência e a guerra e diminuir o sofrimento de tantos. Que ele contribua para a paz e para a estabilidade mundial, que ele suscite a cooperação, a transparência e a ação responsável entre as nações. E assim, libertos de todo medo e ódio, possamos construir a confiança recíproca entre os povos, deixando-nos conduzir por teu Espírito, signo e força de paz ! Amém !

                                                     Com amizade,

                                     Dom Irineu Rezende Guimarães
                 Monge beneditino da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Carta Mensal - Maio de 2013

Tournay, 30 de abril de 2013.

A vocês todos que buscam a paz,
                        Paz!
Neste mês de maio, proponho como tema de nossa oração pela paz uma situação terrível e dolorosa, fonte de muito sofrimento : aquela das mulheres que sofrem violência sexual em situações de conflito. Se, mesmo em tempos de paz, as mulheres são submetidas a todo tipo de violência (as estimativas são de sete para cada dez mulheres !), esta situação agrava-se ainda mais em tempo de guerra.
Mulheres de todas as idades sofrem sistematicamente este tipo de violência nas mãos de forças militares e rebeldes. Na maior parte dos casos, a violência sexual faz parte de uma estratégia deliberada para humilhar os adversários e semear o pânico entre a população civil. Outras vezes, são justamente as pessoas encarregadas de sua proteção, os responsáveis por esta atrocidade.
A violência sexual como tática de guerra é uma prática que remonta há séculos e que é constatada onde um conflito se instaura. Calcula-se que entre 20.000 a 50.000 mulheres foram violadas durante o conflito na Bósnia, no começo dos anos 90 ; já, durante o genocídio de Ruanda, em 1994, as estimativas situam-se entre 250 mil a 500 mil mulheres ! Na Republica Democrática do Congo, desde que o conflito armado se instalou neste país, em 1998, mais de 200 mil mulheres sofreram violência sexual : calcula-se cerca de 1.100 a cada mês, 36 casos por dia !  A violência sexual também foi uma das características da guerra civil na Libéria, entre 1989 a 2003, assim como é largamente praticada no conflito armado na região de Darfour, no Sudão.
Esta situação se agrava ainda mais dado o muro de silêncio que é erguido : raramente escutam-se as vítimas, raramente julgam-se aqueles que cometeram esse crime horrendo. Governos e grupos militares ignoram e toleram tais práticas, considerando-as como normais.
Neste contexto, nossa oração torna-se um grito profético, denunciando aos céus esta injustiça do mundo dos homens : só haverá paz na terra quando as mulheres forem plenamente respeitadas em sua dignidade e não forem mais consideradas como soldo ou espólio de guerra.
Rezemos assim :
Ó Deus de ternura, tu que conheces o sofrimento do teu povo e escutas os seus clamores, atende nossas preces em favor das mulheres que sofrem violência sexual nas tantas guerras deste mundo. Que suas vozes sejam ouvidas, que elas recebam todo o apoio necessário para se recuperarem deste trauma. Que estes crimes sejam julgados e que as autoridades dêem a atenção necessária para erradicar esta prática. Assim, homens e mulheres viverão em igualdade e paz nesta terra que criastes para todos!  Amém.

Com amizade, na alegria do Espírito que se derrama generoso sobre nôs! 
D. Irineu Rezende Guimarães
monge beneditino da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França 
P.S.: Ajude a fortalecer esta rede de oração para a paz, repassando esta carta a seus amigos.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Carta Mensal - Abril de 2013

Tournay, 31 de março de 2013.

A vocês todos que buscam a paz,
                        Paz!
No dia onze deste mês de abril, celebramos o quinquagésimo aniversário da publicação de um dos documentos que mais contribuíram para a paz mundial em nosso tempo. Trata-se da encíclica “Pacem in Terris” (Paz na Terra), do Papa João XXIII, que morreria pouco  menos de dois meses depois, a 3 de junho de 1963. Dirigida não somente à Igreja, mas também “a todas as pessoas de boa vontade” – fato inédito num documento papal até então –, a encíclica se propõe a refletir sobre “a paz de todos os povos na base da verdade, justiça, caridade e liberdade ». No seu primeiro parágrafo, deixa claro a sua proposta : “A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus” (§ 1). E no seu desenvolvimento, mostrará que esta ordem querida por Deus (§ 1-7) deve se manifestar no respeito dos direitos e deveres humanos (§ 8-45), por uma relação democrática entre os cidadãos de uma mesma nação (§ 46-79), por relações de cooperação e de dialogo entre as nações (§ 80-128) e pela participaçao de todos em vista de uma convivência unitária de alcance mundial (§ 129-144).

No contexto da época, no auge da guerra fria e da ameaça de uma guerra atômica entre Estados Unidos e União Soviética, “Pacem in Terris” deu uma importante contribuição para a paz, contribuindo para a superação do impasse criado. O Papa chamou a humanidade à consciência ao afirmar “que as eventuais controvérsias entre os povos devem ser dirimidas com negociações e não com armas” (§ 125). João XXIII proclamou claramente que “não é mais possível pensar que nesta nossa era atômica a guerra seja um meio apto para ressarcir direitos violados” (§ 126). E não hesitou em denunciar os perigos da corrida armamentista e da doutrina da dissuasão nuclear: “o resultado é que os povos vivem em terror permanente, como sob a ameaça de uma tempestade que pode rebentar a cada momento em avassaladora destruição. Já que as armas existem e, se parece difícil que haja pessoas capazes de assumir a responsabilidade das mortes e incomensuráveis destruições que a guerra provocaria, não é impossível que um fato imprevisível e incontrolável possa inesperadamente atear esse incêndio” (§ 111).

“Pacem in Terris” deve ser també compreendida como o testamento espiritual deste papa admirável à Igreja, contribuindo para colocar a paz no centro da consciência cristã, como responsabilidade de cada batizado e da Igreja em seu todo (§ 145-171). Rezemos, particularmente, nesta intenção, para que a paz esteja não somente no centro das preocupações dos papas e dos documentos da Igreja, mas de cada cristão e de cada homem de boa vontade. E o façamos com as próprias palavras de João XXIII:

Senhor Jesus Cristo Ressuscitado, que dissestes aos teus discípulos: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá" (Jo 14,27), afasta dos corações dos homens tudo quanto pode pôr em perigo a paz, transformando a todos em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno. Ilumina com tua luz a mente dos responsáveis dos povos, para que, junto com o justo bem-estar dos próprios concidadãos, lhes garantam o belíssimo dom da paz. Inflama, Cristo, a vontade de todos os seres humanos para abaterem barreiras que dividem, para corroborarem os vínculos da caridade mútua, para compreenderem os outros, para perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias. Sob a inspiração da tua graça, tornem-se todos os povos irmãos e floresça neles e reine para sempre essa tão suspirada paz (Cf. § 169-170). Amém.

Com amizade, ainda na alegria da Páscoa!

D. Irineu Rezende Guimarães
monge beneditino da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França

terça-feira, 12 de março de 2013

Carta Mensal - Março de 2013


Tournay, 28 de fevereiro de 2013.

A vocês todos EM BUSCA DA PAZ,

                        Paz!

O massacre na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, em 14 de dezembro de 2012, com a morte de 26 pessoas – 20 crianças com idades entre 6 e 7 anos e seis adultos –, abalou os Estados Unidos e reabriu o debate sobre o controle de armas. Desde o final da década de 90, a sociedade civil tem-se articulado mundialmente  para prevenir a proliferação e utilização de armas pequenas, através da Rede de Ação Internacional Sobre Armas Pequenas (IANSA), que não tem medido esforços para organizar um tratado mundial de controle deste tipo de armas. Trata-se de um tema que suscita muitas discussões e que, por isso, pede a força de nossa oração, para que as consciências se iluminem.

As armas de fogo pequenas e leves – tais  como revólveres, pistolas, carabinas, rifles, etc – são responsáveis pela morte de 600 mil pessoas, a cada ano no mundo. Segundo o Small Arms Survey, de Genebra, em cerca de 639 milhões de armas pequenas em circulação em 110 países, 37,8% pertencem às Forças Armadas, 2,8% às polícias, e os restantes 59,2% nas mãos da população civil.
Ao contrário das drogas, que são produzidas e comercializadas ilegalmente, as armas possuem uma origem legal, mas em determinado momento, tornam-se ilegais. Assim o controle da oferta do mercado legal possibilitará um maior controle do comércio ilegal. Daí a necessidade de combate ao contrabando e vigilância sobre produção, venda, exportação e importação, para evitar desvios O gerenciamento de informações, no interior de cada país, mas também entre nações, será importante para controlar estas armas. Acordos regionais e internacionais, têm obtido sucesso na redução de armas de fogo em circulação.

 Um outro ponto é o controle da procura. Medidas de limitação da compra de armas e campanhas de conscientizaçao do publico sobre os perigos das armas, serão importantes para efetivar este aspecto. Países como Brasil, Japão, Grã-Bretanha, Canadá, Austrália e África do Sul implementaram leis rígidas de controle de armas. Em alguns países, entretanto, as armas de fogo são tratadas como um produto qualquer, sem exigir maiores cuidados e controles. Segundo estudos do Viva Rio, o risco de homicídio por arma de fogo em casas com algum tipo de armamento é sete vezes maior do que em residências cujos moradores não têm nenhuma arma.

O controle dos estoques e a destruição dos excedentes, com programas de entrega voluntária constituem um terceiro ponto da agenda.

Para que estas propostas sejam concretizadas, rezemos assim:

Ó Deus, promessa de paz, teu filho Jesus, no momento de sua prisão, ordenou a Pedro de guardar sua arma, lembrando que aqueles que usam armas pelas armas morrerão.  Inspira os povos e nações para adotarem politicas de controle de armas. Assim, a humanidade poderá cantar com o salmista: há aqueles que pôem sua confiança nas armas, « nós porem invocamos o nome do Senhor » (Sl 20,8). Assim seja!

 Com amizade,D. Irineu Rezende Guimarães

monge beneditino da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Carta Mensal - Fevereiro de 2013


Tournay, 28 de janeiro de 2013.

A vocês todos EM BUSCA DA PAZ,

                        Paz!

No dia 12 de fevereiro próximo, será celebrada a Jornada Mundial pelas Crianças Soldado, lembrando o aniversário da entrada em vigor, em de fevereiro de 2002, do Protocolo Facultativo à Convenção dos Direitos da Criança, ratificado por cerca de 130 países, proibindo o recrutamento forçado e a utilisação de menores de  18 anos em conflitos armados.

  Entretanto, existem ainda cerca de 250 mil crianças associadas às forças e aos grupos armados, atuando como soldados, cozinheiros, mensageiros ou mesmo para fins sexuais, seja em grupos armados, mas também em exércitos governamentais. Mais de cinquenta organizações continuam a recrutar crianças-soldado nos seguintes países: Afeganistão, Chade, Colômbia, Filipinas, Iêmen, Índia, Iraque, Israel e territórios ocupados, Nepal, Paquistão, Republica Centro-Africana, Republica Democrática  do Congo,  Sri-Lanka, Somália, Sudão, Uganda e Tailândia. Muitos deles são recrutados contra sua vontade e não podem mais deixar suas   unidades. A maioria deles tem idade entre 15 a 18 anos, mas  há casos de recrutamento de crianças de 9 anos.

As mobilizações em curso propõem :

a)      A proibição de qualquer tipo de recrutamento de menores de 18 anos em forças armadas, mesmo voluntário, não importando a função, ainda que não portem armas;

b)      A proibição de qualquer tipo de propaganda de recrutamento militar de menores de 18 anos;

c)      A liberação de menores de exércitos e grupos armados, os quais devem ser apoiados pela sociedade civil;

d)     A penalização de estados, grupos armados e indivíduos que recrutam menores de 18 anos, por uma Corte Penal, nacional ou internacional; e a adoção de sanções (econômicas, bloqueio de contas, etc.) pela comunidade internacional e pelo Conselho de Segurança da ONU;

e)      Proteção, assistência e apoio para esses menores, com direito a um tratamento médico e psicológico, além de acesso ao sistema educativo e professional;

f)       Concessão de asilo politico aos refugiados ;

g)      Aumento dos fundos para os programas de prevenção e de reintegração ; 

h)      Bloqueio da exportação de armas às regiões de conflito conhecidas pela existência de crianças-soldado.  

Para que estas propostas sejam concretizadas, rezemos assim:

Ó Deus, mãe dos pequeninos, dirige o teu olhar de compaixão e ternura para as crianças a quem o mundo roubou a infância e as utilisa como soldados. Vem logo em nosso socorro! Ensina-nos a acolher os pequeninos, como fez teu filho Jesus, e a respeitar e promover seus direitos. Assim nossa terra viverá em paz e da boca dos peaueninos brotará um canto de louvor a teu nome! (Cf. Sl 8,3). Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Com amizade,
D. Irineu Rezende Guimarães
monge beneditino, prior da Abadia Nossa Senhora, Tournay, França